Município de Lagarto arrecada mais de R$ 20 milhões em ICMS, mas deixa faltar fraldas para crianças com necessidades especiais

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Nesta terça-feira, 02, um pai de família esteve na Secretaria Municipal de Saúde de Lagarto, na tentativa de conseguir pacotes de fraldas descartáveis para sua filha que tem paralisia infantil, contudo, o produto estava em falta.

“Estou na Secretaria de Saúde, minha esposa esteve aqui há 15 dias, atrás de fraldas, e a prefeita dá três pacotes para passar 30 dias, sendo que só dá para uma semana (…) É um absurdo, porque a pessoa gasta uma fortuna em festa e deixa a desejar na saúde. Eu vou comprar as fraldas da minha filha, porque a gente ainda tem um dinheirinho. Imagine quem está acamado, sem poder trabalhar, o que vai fazer? Usar pano?”, disse ele em vídeo compartilhado nos grupos de Whatsapp do município.

Para investigar a razão pela qual a prefeitura de Lagarto não está disponibilizando fraldas para as famílias, o repórter Nando Moreno, do Programa Sergipe em Destaque, 102.7 FM, foi até a Secretaria de Saúde tentar falar com o secretário Marlysson Magalhães, que é primo do deputado federal Gustinho Ribeiro, esposo da prefeita do município.

Infelizmente, não houve resposta do secretário municipal, apenas foi informado que há fraldas P e M, e que não tem previsão para chegar outros tamanhos, pois estão aguardando uma nova licitação.

ICMS

O ICMS é um imposto que incide sobre a circulação de produtos como eletrodomésticos, alimentos, serviços de comunicação e transporte intermunicipal e interestadual, entre outros. A arrecadação advinda desse tributo é encaminhada para os estados e usado por eles para as diversas funções.

Até o momento, Lagarto é um dos cinco municípios que mais receberam repasses de ICMS em 2022. Foram mais de R $20 milhões somados esse ano, mas tendo um dos menores investimentos dentre os municípios que mais receberam recursos do imposto, já que saúde e infraestrutura são as principais queixas da população. Só em julho, Lagarto recebeu mais de R $2,5 milhões, mas faltam remédios e fraldas na gestão da saúde. Um contraste que está revoltando a população lagartense.

Veja o relato do pai da criança com necessidades especiais: 

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